Algarve: Proveitos da hotelaria atingiram valores recorde no 1º semestre

Nos primeiros seis meses do ano, os proveitos no alojamento turístico do Algarve ficaram 32,4% dos alcançados no mesmo período de 2019. Já as dormidas registaram um ligeiro decréscimo de 0,8%. Comentando os resultados, o presidente da RTA sublinha que o Algarve “está a crescer mais em valor do que em procura”.
Dados publicados esta segunda feira, 14 de agosto, pelo Instituto Nacional de Estatística, revelam que os proveitos do alojamento turístico no Algarve atingiram um valor recorde na ordem de 570,5 milhões de euros, valor que reflete um aumento de 32,4% face ao mesmo período de 2019, o melhor ano de sempre para o setor turístico.
Face a 2022, nos primeiros seis meses de 2023 o Algarve cresceu 13,5% em hóspedes, para 2,2 milhões, e aumentou em 13,2% em dormidas, para 8,5 milhões. Neste período, os proveitos estão 19,4% acima do ano passado e o aeroporto de Faro registou +20,6% de passageiros.
Para André Gomes, presidente da Região de Turismo do Algarve (RTA), “os resultados do semestre são muito animadores, registando os melhores números de sempre nos proveitos do alojamento e crescendo em todos os principais indicadores de desempenho face a 2022, abrindo caminho para que no final do ano possamos fazer um balanço positivo da atividade turística na região”.
Na comparação dos resultados do destino em 2023 com os de 2019, o balanço do semestre continua a ser positivo, com mais passageiros no aeroporto (+5,2%), mais proveitos no alojamento turístico (+32,4%), mais hóspedes (2,8%) e dormidas praticamente ao nível daquele ano (-0,8%), apesar da quebra registada nos últimos dois meses. Comentando os dados do INE, André Gomes realça que “é notório que o Algarve está a crescer mais em valor do que em procura”.
Entre os mercados que mais têm crescido na hotelaria algarvia até junho destacam-se a Irlanda e os EUA, mas no aeroporto de Faro também há mais passageiros franceses, neerlandeses, belgas, italianos e dinamarqueses do que em 2019. Já o número de passageiros britânicos, principal mercado emissor externo para a região, ficou muito próximo dos valores pré-pandemia.
O mercado interno, que a par do britânico é um dos mais importantes para o Algarve, tem registos entre janeiro e abril acima de 2019, tanto em hóspedes como em dormidas, apesar de nos últimos meses ter existido uma quebra ao nível do mercado interno.
A propósito, o presidente da RTA comenta que “apesar da quebra verificada em maio e junho, olhamos com confiança para os números dos turistas nacionais numa perspetiva global, na expectativa de que no resto do verão e, sobretudo, a partir de setembro continuem a acompanhar o crescimento do destino”.