Alexandre Galvão e Fernando Inácio os rostos da dinâmica da Bestravel Castelo Branco

Alexandre Galvão e Fernando Inácio são sócios e dirigem a Bestravel Castelo Branco. Na rede Bestravel estão desde a primeira hora, e têm assistido a toda a sua evolução, um trajeto em que destacam várias valências em termos do acompanhamento que o master franchise dá aos franchisados e, acima de tudo, o aumento da força e notoriedade da marca, conseguidos, sobretudo, nos últimos anos.
Já têm um largo currículo no setor das viagens. Começaram quando, exatamente?
Alexandre Galvão – Começámos já há uns bons anos, em 2001. Estamos quase desde o início, na altura era Golden Travel que fechou e nessa sequência aderimos à criação da Bestravel.
Estão em Castelo Branco. Estiveram sempre no mesmo sítio?
Sempre em Castelo Branco, mas não sempre no mesmo sítio. Começamos numa loja, onde estivemos sete anos depois mudámos para outra e depois de mais cinco ou seis anos voltámos a mudar para a loja onde estamos atualmente, ou seja, estamos há cerca de 12 anos nesta localização.
Estão na Bestravel desde o início, antes estiveram na Golden Travel. Aquando da transição notaram alguma diferença?
São coisas completamente diferentes, logo a começar pela marca: a Golden Travel não tinha nada a ver com a marca que é hoje a Bestravel.
Sentem que a marca Bestravel é já completamente reconhecida pelo mercado, seja em Lisboa ou Castelo Branco?
Fernando Inácio – Completamente é uma marca que se foi fortalecendo e hoje é reconhecida pelos clientes, e isso é muito importante. Há várias mais-valias que identificamos na Bestravel mas uma delas, claramente, é a força que a marca tem neste momento, que tem vindo a crescer bastante nos últimos anos e que tem margem para crescer mais ainda.
Alexandre Galvão – No início, quando começámos, achávamos que ter uma marca era importante mas na altura isso não tinha a importância que tem hoje. Cada vez mais, ter uma marca cria valor.
O facto de estarem desde o início na Bestravel fez com que acompanhassem todo o percurso e todo o crescimento que tem tido. Notam que, em termos profissionais, para além da marca, tem havido um apport ao nível do acompanhamento, do conhecimento e da formação que é dado às agências e aos seus funcionários, por parte do master franchise?
Fernando Inácio – Cada vez mais e a pandemia acabou por vir até ajudar um pouco nesse sentido porque hoje fazem-se muitas formações online, formações à distância o que no nosso caso que estamos em Castelo Branco, é uma mais-valia porque as deslocações para Lisboa, além do tempo, têm sempre custos elevados. Nesse aspeto, a Bestravel adaptou-se bastante bem e hoje em dia tem formações presenciais mas tem muitas formações à distância o que ajuda muito.
“Preocupamo-nos com a rentabilidade e tentamos passar essa mensagem não só aos nossos colaboradores como para os próprios clientes, fazendo-os ver que quando compram uma viagem na nossa agência a relação não termina quando ele inicia essa viagem”
Na rede existem agências de todo o país, de cidades maiores e mais pequenas. Qual é o posicionamento da população de Castelo Branco no que se refere às viagens e ao seu poder de compra?
Alexandre Galvão – Acho que as pessoas cada vez mais têm um grande apetite por viajar e pelas viagens. Também há mais oferta, mais informação…
Têm muita concorrência em Castelo Branco?
Já começa a haver bastante concorrência, há muitas agências. Neste momento penso que há sete agências mas já chegaram a ser 11, e já estava a ficar um bocado saturado. Entretanto, fecharam algumas mas também têm aberto outras.
Qual é o vosso grande suporte? O cliente individual ou as empresas?
É um misto. Temos clientes individuais, temos grupos… temos um bocadinho de tudo, até porque nós também temos rent-a-car na agência.
Em Castelo Branco, o cliente sabe tudo ou vai muito à procura dos vossos conselhos?
Fernando Inácio – Hoje o cliente está muito mais informado e nós temos que nos adaptar a isso, mas há de tudo. Há aquele cliente que chega à agência e sabe perfeitamente aquilo que procura e que quer comprar mas também há clientes que não têm uma ideia tão bem definida e a quem a agência pode aconselhar e ajudar na escolha apresentando várias ofertas face ao orçamento que o cliente dispõem.
É verdade que, principalmente por via da Internet e das redes sociais, o cliente hoje tem muito mais informação mas ainda procura o aconselhamento por parte de quem sabe e de quem tem experiência.
Nunca pensaram em abrir uma nova loja, em Castelo Branco ou fora?
Já tivemos uma loja na Covilhã mas acabámos por desistir porque a proximidade com o público é muito importante neste tipo de negócio. Não quer dizer que funcionasse mal, porque não funcionava mal mas nestas cidades a proximidade com o cliente, a nossa presença física, é muito importante.
Alexandre Galvão – Achámos que ganhávamos por um lado mas perdíamos por outro e portanto resolvemos centrar-nos na nossa área.
Em termos das vendas, 2023 foi um bom ano também para a vossa agência?
Muito. Nós temos vindo sempre a subir. A cada ano que passa dizemos que foi o nosso melhor ano por isso 2023 foi o nosso melhor ano até agora.
Com a vossa experiência, já não olham apenas para o volume de vendas mas também para a rentabilidade, o que às vezes não acontece com as agências mais jovens. Em Castelo Branco é fácil atender à rentabilidade face à concorrência ou há concorrentes que fazem “disparates”?
Há de tudo. Há a boa concorrência e há aquela concorrência que estraga o mercado, mas evidentemente que olhamos para a rentabilidade.
Fernando Inácio – Preocupamo–nos com a rentabilidade e tentamos passar essa mensagem não só aos nossos colaboradores como para os próprios clientes, fazendo-os ver que quando compram uma viagem na nossa agência a relação não termina quando ele inicia essa viagem, nós fazemos o acompanhamento e quando o cliente regressa gostamos de ter o feedback, isso é muito importante para nós.
Crescimento das pré-vendas cerca de 5% acima do mesmo período de 2023
O crescimento de vendas que tiveram o ano passado refletiu-se de alguma forma num aumento de reclamações?
Acaba sempre por haver uma relação. São principalmente reclamações por algumas falhas no destino, nomeadamente ao nível da hotelaria mas também em termos da parte aérea porque tem havido alguns cancelamentos de última hora por parte de algumas companhias de aviação e que nos temos que resolver na hora, mas é normal que a um maior volume de vendas corresponda um maior número de reclamações.
O que é que venderam mais o ano passado?
Aquilo que se vende mais é sempre Portugal – Algarve, Madeira, Açores. As Caraíbas também se vendeu muito bem, Cabo Verde sempre se vendeu e penso que sempre se irá vender.
Este arranque de 2024, com as reservas antecipadas, como é que está a correr?
Alexandre Galvão – Está a ser muito bom, já estamos acima dos números do ano passado à mesma data, em cerca de 5%. É algo que nos surpreende e temos falado com alguns colegas para percebermos se estamos a acompanhar, e estamos.
Fernando Inácio – Estamos em linha com o crescimento dos nossos colegas mas se há três ou quatro meses nos perguntassem, a nossa ideia não era esta.
Alexandre Galvão –Vamos ver como é que o ano acaba mas por agora está a ser muito bom apesar de a conjuntura não ser a melhore de haver muita incerteza. Acho que depois da pandemia, as pessoas começaram a pensar de forma diferente, a aproveitar mais a vida.
Relativamente a esta Convenção da Bestravel, como é que a sentiram, nomeadamente em termos do espírito de grupo?
Fernando Inácio – Notamos uma diferença muito grande ao nível da organização do próprio evento, como também ao nível da participação dos nossos parceiros e das agências. Há uma dinâmica muito maior do que aquela que existia há sete ou oito anos.