Al Hoceima deixa de fazer parte da programação da Egotravel. Gonçalo Palma explica os porquês
Operado pela Egotravel no verão de 2023 e de 2024, o destino Al Hoceima, na costa mediterrânica do norte de Marrocos, não vai ter continuidade em 2025. Gonçalo Palma, diretor-geral dos operadores do grupo Newtour, conta-nos a história dos dois anos de operações e justifica a não continuidade da aposta no destino.
Confirma que vão deixar de programar Al Hoceima em 2025?
Não vamos repetir a operação de Al Hoceima em 2025. É engraçado que a história da Al Hoceima é curta e longa, ao mesmo tempo. Nós começámos a operação em 2023, era um destino novo, o hotel estava novo, tinha aberto durante a Covid, portanto não tinha tido muita utilização. Na altura, o diretor era um português, o Gonçalo Ramos, e nós fizemos um primeiro ano para lá que correu extremamente bem. Ele conhecia bem o mercado português, sabia lidar com as pessoas e as coisas correram tão bem que nós decidimos apostar com mais força ainda em 2024.
No primeiro ano utilizámos o aeroporto de Nador, que fica um bocadinho longe, obrigava a um transfere de 1h40, 1h30. E essa foi a maior reclamação que nós tivemos do exercício de 2023, a distância do transfere. Por isso, para 2024, pensámos que o que era bom era nós arranjarmos um aeroporto, que existe em Al Hoceima, que permitisse acabar com esta reclamação.
Contactámos o aeroporto, só que aquele aeroporto tem a particularidade de só poderem aterrar aeronaves de uma certa categoria e, portanto, teríamos que levar aviões mais pequenos. Fizemos esse esforço, fomos à procura e encontrámos um avião da TAP, um Embraer, que poderia aterrar lá. Com o aeroporto a 5 minutos do hotel, tudo estava a correr às mil maravilhas, fizemos a contratação e fomos para a comercialização.
Sucede que, depois de lançarmos a operação, o Gonçalo Ramos saiu da direção do hotel e, mesmo dentro da direção comercial do Radisson Al Hoceima, a maior parte das pessoas saiu. Portanto, os pontos de contacto nós tínhamos saíram todos, de repente. Estava-se em março-abril, as coisas já estavam a rolar e a nossa operação começava em junho.
Simultaneamente, nós, em maio-junho, já estávamos a pensar fechar as coisas para 2025 e tínhamos um problema para resolver. Como é sabido, há um problema de slots em Lisboa e usar um slot que está disponível, que já é uma raridade, para uma aeronave pequenina, significa que estamos a desperdiçar uma saída do aeroporto de Lisboa com um avião pequenino que leva 100 em vez de um que leva 160 ou 170. Portanto, esse dilema já estava em cima da mesa. E nós pensávamos que em 2025 teríamos que utilizar o A320 que leva mais passageiros, o que nos impediria de fazer Al Hoceima.
Entretanto, quando a operação começou, em junho, começaram também as reclamações de alguns clientes, mas nessa altura ainda era apenas uma coisinha aqui, outra ali, embora mais do que no ano anterior e começámos a ver que as alterações na direção do hotel podiam ter tido impacto.
Sucede que, quando se chega à primeira quinzena de agosto, há um pico de turismo local que inunda um bocadinho os hotéis e o hotel ficou completamente em overbooking, e aquilo que já não estava a funcionar bem sem overbooking, com o overbooking, foi um desastre, em termos de manutenção, em termos de restauração, limpeza, atendimento na receção… Esses 15 dias foram realmente muito difíceis, foram as reclamações, foram as notícias na comunicação social, e isso aliado aos problemas técnicos com a troca do avião levou-nos a decidir não apostar mais no destino.
Al Hoceima deixa de fazer parte da programação da Egotravel. Gonçalo Palma explica os porquês
Operado pela Egotravel no verão de 2023 e de 2024, o destino Al Hoceima, na costa mediterrânica do norte de Marrocos, não vai ter continuidade em 2025. Gonçalo Palma, diretor-geral dos operadores do grupo Newtour, conta-nos a história dos dois anos de operações e justifica a não continuidade da aposta no destino.
Confirma que vão deixar de programar Al Hoceima em 2025?
Não vamos repetir a operação de Al Hoceima em 2025. É engraçado que a história da Al Hoceima é curta e longa, ao mesmo tempo. Nós começámos a operação em 2023, era um destino novo, o hotel estava novo, tinha aberto durante a Covid, portanto não tinha tido muita utilização. Na altura, o diretor era um português, o Gonçalo Ramos, e nós fizemos um primeiro ano para lá que correu extremamente bem. Ele conhecia bem o mercado português, sabia lidar com as pessoas e as coisas correram tão bem que nós decidimos apostar com mais força ainda em 2024.
No primeiro ano utilizámos o aeroporto de Nador, que fica um bocadinho longe, obrigava a um transfere de 1h40, 1h30. E essa foi a maior reclamação que nós tivemos do exercício de 2023, a distância do transfere. Por isso, para 2024, pensámos que o que era bom era nós arranjarmos um aeroporto, que existe em Al Hoceima, que permitisse acabar com esta reclamação.
Contactámos o aeroporto, só que aquele aeroporto tem a particularidade de só poderem aterrar aeronaves de uma certa categoria e, portanto, teríamos que levar aviões mais pequenos. Fizemos esse esforço, fomos à procura e encontrámos um avião da TAP, um Embraer, que poderia aterrar lá. Com o aeroporto a 5 minutos do hotel, tudo estava a correr às mil maravilhas, fizemos a contratação e fomos para a comercialização.
Sucede que, depois de lançarmos a operação, o Gonçalo Ramos saiu da direção do hotel e, mesmo dentro da direção comercial do Radisson Al Hoceima, a maior parte das pessoas saiu. Portanto, os pontos de contacto nós tínhamos saíram todos, de repente. Estava-se em março-abril, as coisas já estavam a rolar e a nossa operação começava em junho.
Simultaneamente, nós, em maio-junho, já estávamos a pensar fechar as coisas para 2025 e tínhamos um problema para resolver. Como é sabido, há um problema de slots em Lisboa e usar um slot que está disponível, que já é uma raridade, para uma aeronave pequenina, significa que estamos a desperdiçar uma saída do aeroporto de Lisboa com um avião pequenino que leva 100 em vez de um que leva 160 ou 170. Portanto, esse dilema já estava em cima da mesa. E nós pensávamos que em 2025 teríamos que utilizar o A320 que leva mais passageiros, o que nos impediria de fazer Al Hoceima.
Entretanto, quando a operação começou, em junho, começaram também as reclamações de alguns clientes, mas nessa altura ainda era apenas uma coisinha aqui, outra ali, embora mais do que no ano anterior e começámos a ver que as alterações na direção do hotel podiam ter tido impacto.
Sucede que, quando se chega à primeira quinzena de agosto, há um pico de turismo local que inunda um bocadinho os hotéis e o hotel ficou completamente em overbooking, e aquilo que já não estava a funcionar bem sem overbooking, com o overbooking, foi um desastre, em termos de manutenção, em termos de restauração, limpeza, atendimento na receção… Esses 15 dias foram realmente muito difíceis, foram as reclamações, foram as notícias na comunicação social, e isso aliado aos problemas técnicos com a troca do avião levou-nos a decidir não apostar mais no destino.
Foto: media.radissonhotels.net/image/radisson-blu-resort-al-hoceima/exterior