“Ainda não foi lograda qualquer decisão” sobre o Hotel Turismo da Guarda

Em resposta escrita ao Turisver sobre a possibilidade de o Hotel Turismo da Guarda vir a ser uma Pousada de Portugal, o Gabinete do ministro da Economia e do Mar afirma que o processo continua a ser analisado pela Secretaria de Estado do Turismo e que estão a ser estudadas “várias possibilidades de entrega para exploração do imóvel.”.
Na íntegra, a resposta enviada por escrito à nossa redação esta quinta feira, 24 de novembro, pela assessoria de imprensa do Gabinete do ministro da Economia e do Mar, explica que “Neste momento, a secretária de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, em articulação necessária entre diferentes áreas governativas envolvidas, encontra-se a estudar as várias possibilidades de entrega para exploração do imóvel em causa, não tendo ainda sido lograda, nem por conseguinte comunicada, qualquer decisão sobre este processo”.
Recorde-se que na quarta feira o Turisver tinha tentado confirmar a notícia junto do Grupo Pestana que respondeu com um lacónico “não comentamos”. Ler aqui.
Os nossos esforços decorreram de uma notícia publicada terça feira pelo jornal Terras da Beira que, citando fonte próxima do processo de concessão, dava conta de que “o Hotel Turismo da Guarda deverá passar para as mãos do Grupo Pestana, podendo ter a marca Pousada de Portugal”.
O mesmo meio de comunicação avançava mesmo que o anúncio oficial deveria ser feito no próximo domingo, 27 de novembro, por António Costa Silva, ministro da Economia e do Mar, aquando da sessão solene comemorativa do aniversário da cidade da Guarda.
Encerrado há 12 anos, o edifício Hotel Turismo da Guarda, – projetado por Vasco Regaleira foi inaugurado em 1947 – foi vendido em 2010 por aquela autarquia ao Turismo de Portugal, por 3,5 milhões de euros, para ser recuperado e transformado em unidade hoteleira de charme, com uma escola de hotelaria, o que não acabou por se concretizar.
O imóvel esteve integrado no programa REVIVE mas, no passado mês de outubro, foi desafetado porque o mercado não respondeu às ofertas públicas e porque “urge recorrer a soluções alternativas”, lia-se no despacho publicado em Diário da República e assinado pelo ministro das Finanças, Fernando Medina, pelo secretário de Estado da Defesa Nacional, Marco Capitão Ferreira, pela secretária de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, Rita Marques, e pela secretária de Estado da Cultura, Isabel Cordeiro.
Já antes, em setembro, a secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, avançara que a solução para o imóvel poderia passar pela entrega do ativo “a um operador económico que saiba cuidar dele e que dinamize boa atividade turística na região”.