AHRESP quer reunir com grupos parlamentares para apresentar 15 medidas

A AHRESP – Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal vai propor audiências com os vários grupos parlamentares para apresentar um conjunto de 15 medidas, centradas em três eixos estratégicos: fiscalidade, capitalização e emprego.
Medidas que, segundo a mesma associação, são “prioritárias para salvaguardar a economia e as empresas” e que na sua opinião não foram tidas em conta na aprovação da nova proposta do Orçamento de Estado para 2022, aprovado na sua generalidade no passado dia 29 de abril.
A mesma associação refere que o OE2022 não “acolhe algumas importantes medidas propostas pela AHRESP, que teriam um impacto significativo no apoio à recuperação das atividades da restauração, similares e do alojamento turístico, sobretudo nas micro, pequenas e médias empresas”.
“Apesar de positivo em alguns aspetos, o novo OE2022, em nossa opinião, não responde ao contexto inflacionista que se verifica desde o início do ano, quer ao nível das matérias-primas quer ao nível do combustível e da energia”, sublinha a AHRESP em comunicado, acrescentando que “o contexto atual levará inevitavelmente à perda do poder de compra das famílias e, por consequência, a uma provável redução de consumo”.
A AHRESP lamenta ainda que a aplicação temporária da taxa reduzida de IVA a todo o serviço de alimentação não tenha sido tida em conta: “Uma medida com aplicação direta e universal, que seria essencial para reforçar as tesourarias, manter os postos de trabalho e assegurar a sobrevivência das empresas, potenciando a sua recapitalização”. E acrescenta ser importante que o OE2022 contemple medidas objetivas para reforçar o capital das empresas, com “mecanismos diretos às micro e pequenas empresas” para atenuar o efeito inflacionista das matérias-primas e das energias.