AHRESP pede ação do Governo para travar “tempestade perfeita”
Para a AHRESP, a atual conjuntura de aumento de preços e, possivelmente, de juros, coloca as empresas do setor à beira de uma “tempestade perfeita”. Para a evitar, a Associação apela a um plano de ação por parte do Governo.
Em comunicado difundido esta segunda feira, 21 de Fevereiro, a AHRESP mostra-se preocupara com os efeitos que a atual conjuntura económica poderão vir a ter na vida das empresa. Fala, por isso, numa “tempestade perfeita” de “consequências imprevisíveis” que se pode abater sobre as empresas da restauração, similares e do alojamento turístico por via dos “aumentos sucessivos” da energia e dos combustíveis, da inflação que já se nota no preço das matérias-primas e também da “previsão da subida das taxas de juro”.
“O aumento dos preços dos combustíveis e da energia já está a ter um forte impacto nos custos de produção e de distribuição, com reflexos no aumento dos custos das matérias-primas”, assinala a AHRESP, afirmando que “as consequências estão à vista” e passam pelo aumento da inflação a que, segundo a Associação, se assiste desde Julho do ano passado.
O panorama fica ainda mais difícil quando se nota a “pressão” para a subida das taxas de juro, o que, afirma a AHRESP, “a ocorrer no curto prazo, terá um impacto arrasador nas nossas empresas, que não terão qualquer capacidade de cumprir”.
“Após dois anos de crise pandémica e restrições ao funcionamento, é prioritário o reforço da competitividade das empresas da restauração, similares e do alojamento turístico, com especial destaque para o fortalecimento dos capitais próprios, das tesourarias e da confiança dos consumidores”, afirma a AHRESP.
No comunica do difundido, a Associação apela ao Governo para que “tenha um olhar especialmente atento a esta conjuntura económica muito preocupante, e que crie um plano de ação que permita apoiar as empresas nesta fase crítica de saída de uma pandemia”, dando às empresas as condições económicas de que necessitam para que possam “contribuir para o aumento riqueza nacional e do emprego”.