AHP quer “maior transparência” na alocação das taxas turísticas de Albufeira
A poucos dias da implementação da taxa turística em Albufeira, que começa a ser cobrada a 21 de maio, a AHP reuniu uma vez mais com a autarquia tendo exigido “maior transparência no processo de alocação das taxas, com participação dos hoteleiros no modelo de gestão”.
Em nota à imprensa, a Associação da Hotelaria de Portugal começa por lembrar que durante a fase de audição pública, fez chegar à Câmara de Albufeira “não apenas a sua oposição de princípio por discordar do fundamento económico financeiro invocado para a criação de mais uma taxa” mas também “falta de informação sobre a alocação das verbas” que resultarão da cobrança da taxa de 2€ por pessoa/noite.
Sem que nenhuma das suas observações fosse considerada, a AHP reuniu na terça-feira, 14 de maio, com a autarquia, tendo voltado a sublinhar “a necessidade de maior transparência no processo de alocação das taxas, com participação dos hoteleiros no modelo de gestão, designadamente num comité de investimentos; simplificação do processo de cobrança e respeito pelos contratos de alojamento já fechados”.
Em resposta, a AHP “ouviu da Câmara o compromisso de que o sistema de pagamento que está pensado (…) correrá a par dos instrumentos que estão em vigor em todos os outros concelhos”, ou seja, o pagamento será feito “aquando da faturação pelos hotéis e depois entregues por estes à autarquia”. Relativamente a reservas já feitas até à entrada em vigor do regulamento (2 de maio), “a taxa não é aplicada”
A Associação avança, no entanto, que falta ainda perceber “como é que os hotéis são compensados pelos custos com a cobrança e entrega da taxa ao município” e “qual será o modelo de governação que garanta a participação e vinculação dos hotéis ao destino do produto das taxas, em investimentos que realmente aproveitem à cidade e ao turismo”.