AHP quer Hostels e Guest Houses dentro dos Empreendimentos Turísticos
A Associação da Hotelaria de Portugal defendeu esta segunda feira que hostels, guest houses e blocos de apartamentos com serviços deixem se estar integrados no Alojamento Local, passando a ser considerados empreendimentos turísticos e a cumprir as regras a que estes estão obrigados por lei.
Bernardo Trindade, presidente da Associação da Hotelaria de Portugal, disse esta segunda feira num almoço promovido pela Associação e que teve como convidado o Governador do Banco de Portugal, que a AHP já apresentou ao Governo o seu parecer sobre o pacote legislativo “Mais Habitação”, onde é defendida uma clara separação entre alojamento local coletivo e particular.
“Devemos olhar para o alojamento local existente, no que tem de bom e requalificante para o espaço público, e fazer a divisão natural. O alojamento local coletivo, hostels e guest houses, devem migrar para empreendimentos turísticos e com regras claras e poderem também candidatar-se a incentivos de extrema importância”, considerou o presidente da AHP.
Bernardo Trindade defendeu também que o alojamento individual, por exemplo os apartamentos que estão em alojamento local em prédios de habitação, “deve ter escrutínio dos condomínios”.
O presidente da AHP sublinhou ter o “sentimento de ser pai da criança”, uma vez que em 2008, enquanto secretário de Estado do Turismo, contribuiu para criar a lei do alojamento local, sobretudo para fazer face ao que se passava no Algarve.
A falta de trabalhadores para a hotelaria e a necessidade de importação de mão de obra que lhe está associada foi outro dos temas focados por Bernardo Trindade que lembrou que este ano está prevista a abertura de 66 novas unidades hoteleiras no país, tendo salientado que para que estes novos equipamentos funcionem é preciso que venham trabalhadores do estrangeiro.
Para isso, no entanto, considerou imprescindível que exista habitação adequada onde esses trabalhadores possam ficar alojados, tendo apelado ao Governo para que crie incentivos com esse objetivo. “Precisamos de incentivos claros no sentido do apoio à habitação, porque estas pessoas vêm para Portugal e têm de ter respostas”, defendeu.