Agências de viagens: Apenas 3% das empresas apresenta risco elevado de incumprimento, segundo a Iberinform

Dados do Insight View da Iberinform divulgados esta terça-feira, 29 de abril, apontam que apenas 3% das agências de viagens em Portugal apresenta risco de incumprimento elevado, sendo que 39% têm “baixo risco” e representam 67% do volume de negócios do setor. O estudo diz ainda que 18% das empresas tem menos de um ano de existência.
O estudo, que começa por referir a recuperação do setor das agências de viagens no pós pandemia, com um crescimento notável superior a 26% face ao período anterior, aponta Lisboa como principal centro de negócios deste setor, alojando 36% das empresas e representando 64% do volume total de negócios, a maior fatia dos distritos portugueses.
Segue-se o Porto com 14% e Faro com 13% do total das empresas do sector das agências de viagens. Outras regiões em destaque são Setúbal e Madeira, com 5% das empresas. O restante território nacional abriga 26% das empresas.

Segundo os dados do Insight View, cerca de 18% das empresas têm menos de um ano de existência. A proporção de empresas aumenta ligeiramente com o tempo de atividade, alcançando 20% para empresas com dois a cinco anos de existência e 30% para aquelas com seis a dez anos.
De sublinhar que, segundo o Insight View da Iberinform, o número de empresas com mais de 25 anos representa apenas 9% do total, sendo, ainda assim, as que mais contribuem para o volume de negócios com uma percentagem de 37% do total. Estas são também as empresas onde o risco de incumprimento é menor.
A distribuição por dimensão das empresas mostra a atomização de um setor onde a presença das grandes e médias empresas é bastante reduzida, sendo o setor constituído em 99% por micro e pequenas empresas, estas últimas representando 14%. As pequenas empresas possuem a maior fatia de vendas e enquanto as empresas de média e grande dimensão possuem, individualmente, maior volume de faturação do que as pequenas empresas, sendo as empresas médias as que representam um menor score de risco associado.
De acordo com o estudo, 57% das empresas do setor apresentam um risco médio de incumprimento, representando 32% do volume total de negócios. Empresas com risco baixo constituem 39% e contribuem com 67% do volume total de negócios, indicando uma boa estabilidade financeira. O risco elevado é observado em 3% das empresas, enquanto o risco máximo é observado em apenas 1% das empresas. Em conjunto, as empresas nos parâmetros de risco elevado ou máximo faturam pouco mais de 1%.