Agências Airmet vão “receber rappel direto desde que direcionem as vendas” para operadores Premium

Decorreu até domingo, no Pestana Casino Park Hotel, no Funchal, a 19ª Convenção da Airmet que “foi a maior de sempre, segundo o diretor-geral do Grupo, Luís Henriques, que em conferência de imprensa fez um resumo dos temas tratados nas sessões internas e avançou o objetivo do grupo de gestão em chegar às 400 agências até 2024.
Luís Henriques, diretor-geral do Grupo Airmet, começou por esclarecer que os trabalhos da Convenção foram divididos em três áreas distintas. A primeira parte foi dedicada à tecnologia, a segunda ao balanço do modelo de contratação introduzido o ano passado pelo Grupo e cujo caminho continua a ser trilhado “embora com algumas alterações”, segundo frisou o responsável, e a terceira parte em que foram discutidas questões relacionadas com a sustentabilidade que, aliás, deu mote a esta Convenção.
No que se refere à tecnologia, Luís Henriques disse que foram apresentadas às agências associadas duas soluções, uma que não é nova no mercado e que é um otimizador de tarifas que se instala nos GDS e permite “tarifas mais vantajosas, alavancando a rentabilidade das agências”.
A segunda ferramenta é uma plataforma de vistos que permite que as agências do grupo “tenham acesso, num único local e de uma forma rápida, às obrigações legais para que o passageiro possa entrar em determinado país que requer visto”.
Sobre a segunda área abordada durante os trabalhos da 19ª Convenção, Luís Henriques recordou que desde o ano passado a Airmet tem um novo modelo de contratação que assenta na classificação dos operadores, ou seja, porque “não podemos ter as melhores condições de todos os operadores em todos os momentos, isso é impossível”, a Airmet dividiu-os o ano passado em parceiros /operadores Premium, Preferenciais e os restantes.
Os Premium, recordou, são os que têm produto diferenciado entre si, não entrando praticamente em concorrência uns com os outros, tendo o ano passado sido definido que “caso as agências atingissem determinados valores de vendas naqueles operadores, haveria isenção de pagamento da avença à Airmet”, o que veio a acontecer com “cerca de 50 agências”.
Porque a Airmet continua a pensar que “o caminho é este”, ele vai continuar a ser trilhado embora tivessem sido já introduzidas algumas alterações no modelo que foi lançado em maio de 2022. Assim, e de acordo com as alterações introduzidas, nas vendas dos fornecedores Premium, que são seis, as agências vão passar a “receber diretamente 1%” das vendas no final do ano.
“Somos o único grupo de gestão que tem um conjunto de operadores em que as agências recebem rappel direto desde que direcionem as vendas”, frisou o diretor-geral do Grupo Airmet, que garantiu ainda que dos seis operadores Premium “em quatro estamos a crescer mais de 100% em vendas” sendo que “num deles [W2M] já vendemos este ano exatamente o mesmo até agora do que em todo o ano passado”, o que “prova que a rede conseguiu compreender a mensagem”, defendeu.
Crescer e melhorar a taxa de retenção das agências
Na conferência de imprensa à margem da Convenção, Luís Henriques deu também nota das perspetivas de crescimento do Grupo Airmet em número de agências, tendo apontado o objetivo de alcançar 400 balcões até 2024, número que compara aos 315 que tem atualmente. No último ano, disse, o Grupo “cresceu 7% em número de lojas”, um aumento que passa a ser de 22% quando analisado o acumulado dos últimos três anos.
Concretizando um pouco mais, o responsável avançou que “a mediana de 2022 foi de cerca de 250 agências e hoje estamos em 315”. Durante estes três anos “tivemos algumas entradas e tivemos algumas saídas”, disse, sustentando que embora o Grupo se preocupe com a angariação “preocupa-nos muito mais a taxa de retenção” que “é o que nos faz crescer” e, nesse ponto, “temos vindo a melhorar muito nos últimos três anos”.
Quanto ao crescimento, frisa que a Airmet será, neste momento, o Grupo com melhores condições de angariar novas agências. Neste momento “com o desenvolvimento da Airventure, não vejo nenhum grupo de gestão que tenha melhores condições comerciais do que nós” afirmou.
O Turisver deslocou-se ao Funchal a convite da Airmet