A Riviera Maya “está muito dentro daquilo que são os ideais de férias dos portugueses”, diz Susana Fonseca

Susana Fonseca, diretora de operações da Airmet, integrou o grupo de agentes de viagens convidado pelo Grupo Ávoris para o voo inaugural do Porto para Cancun, no México. O Turisver, que também acompanhou a viagem falou com esta profissional para saber quais as impressões com que ficou do destino e do que tem para oferecer.
Este é o segundo ano consecutivo que, no âmbito de uma fam trip organizada pelo Grupo Ávoris, falamos do destino que visitamos no exato dia em que a Airmet comemora mais um aniversário…
É verdade, o ano passado isso aconteceu na República Dominicana, este ano é no México e realmente estamos a ter esta conversa no dia em que a Airmet faz 17 anos.
O ano tem sido bom para a Airmet?
Tem sido um bom ano, sim, porque acima de tudo temos crescido muito em número de agências mas também a nível de serviço penso que temos conseguido chegar ainda mais longe do que já estávamos o ano passado.
Em relação ao destino: o México é muito vendido na Airmet?
Sem dúvida, claramente está no Top5 de vendas, em conjunto com a Tunísia, Cabo Verde, Marrocos…


O preço a que o destino está a ser vendido em Portugal , nomeadamente a Riviera Maya, justifica-se pela qualidade que oferece?
Justifica, penso que está muito dentro daquilo que são os padrões e ideais de férias dos portugueses. O tipo de resorts que aqui encontramos entra claramente na preferência dos portugueses, o Tudo Incluído completo, como acontece nas Caraíbas, faz as delícias dos nossos clientes que gostam de ter tudo à sua disposição nas 24 horas do dia e o mar das Caraíbas continua a ser o ideal e o sonho de grande parte dos portugueses, portanto, trata-se de um destino incontornável.



Notaram uma subida na procura do México ou está ao nível de anos anteriores?
Não diria que o México teve uma grande subida em termos de procura, o que se passa é que houve uma subida geral este ano, as agências de viagens estão, sem dúvida nenhuma e cada vez mais, nos horizontes do consumidor final e a verdade e que até maio vendeu-se muitíssimo bem, diria até que ultrapassámos o ano de 2019 que tinha sido um ano muitíssimo bom. Depois, a partir de maio / inícios de junho notou-se um abrandamento porque muitas pessoas já tinham reservado as suas férias, aliás já havia muitas partidas esgotadas.
“Qualquer semana de férias de resort tem sempre um espacinho para uma vertente cultural e estar nesta região do México e não ir visitar Chichén Itzá que é um monumento Património Mundial, é quase um crime”
Relativamente ao destino, para além de termos visitado hotéis, tivemos a oportunidade de fazer duas opcionais. Qual é a apreciação que faz delas?
Qualquer semana de férias de resort tem sempre um espacinho para uma vertente cultural e estar nesta região do México e não ir visitar Chichén Itzá que é um Património Mundial, é quase um crime. A opcional correu-nos bem, ainda que pudesse ter alguns ajustes ao nível dos horários e até no que diz respeito às distâncias. É um tour muito completo porque se visita não apenas Chichén Itzá mas também a cidade colonial de Valladolid que é lindíssima e ainda dá a oportunidade de passar por um Cenote. As três coisas são realmente muito interessantes mas é um dia muito intenso e o cliente tem que ser muito bem informado sobre essa questão para que possa usufruir ao máximo e não tenha nenhuma surpresa negativa no que diz respeito a essa opcional.


Quando se ouve falar num Cenote, sabe-se que é uma espécie de uma gruta onde se pode entrar na água mas não se tem ideia do que é oferecido. No caso daquele que visitámos, e onde almoçamos, era uma espécie de quinta com lojinhas, com alguns rituais muito interessantes.
E foi um almoço tipicamente mexicano. O Cenote fica numa zona com muita natureza, onde se pode almoçar, tomar banho e a visita acaba com uma espécie de ritual Maia que é muito interessante e onde podemos apreciar um pouco daquilo que eram os primórdios desta cultura. Além disso é um local muito relaxante, principalmente depois de fazer a visita a Chichén Itzá, onde se apanha sempre muito calor.
É um dia muito intenso: passámos mais de duas horas em Chichén Itzá, com muito calor, em Valladolid também estava muito quente e a possibilidade de, depois disso, tomar um banho Cenote onde a água é bem fresca, acaba por ser relaxante.

A outra opcional foi à Isla Mujeres. Que apreciação faz?
O passeio de catamarã é muito interessante até para podermos apreciar o mar das Caraíbas e também é muito intenso fazer aquelas duas paragens para fazer snorkeling. Em relação à ilha propriamente dita, achei-a um bocadinho massificada, sobretudo com turistas norte-americanos e nota-se que vive exclusivamente para nos receber duas ou três horas para o almoço e ponto final. Acredito que noutras zonas da ilha possa ser diferente mas a experiência fica um pouco aquém das expectativas. Por outro lado, a zona de praia tinha muitas algas – não sargaço como se vê nas outras praias e isso fez-me sentir que tomar banho ali não seria uma experiência muito interessante.
A Riviera Maia tem hotéis para todos os gostos e bolsas
Tivemos oportunidade de visitar alguns hotéis que são usados pelos operadores para o chamado “preço de combate”, para as promoções e nota-se que há uma queda enorme ao nível da qualidade, parece que não há um meio termo…
Notam-se realmente algumas discrepâncias, nomeadamente em termos de serviço mas tenho a certeza que haverá esses hotéis do meio termo apesar de não os termos visitado. Penso que esta viagem foi muito direcionada para vermos os hotéis de cinco estrelas mais luxuosos, sendo que alguns são mais antigos e a precisar de algumas reformas, nomeadamente o Royal Hideaway mas depois vimos o suprassumo daquilo que é o luxo da Riviera Maya, com o caso dos Moxché e o Impressive e também com o Secrets, em Cancun. Qualquer um deles está muitíssimo bem preparado para receber turistas portugueses mas não quero deixar de referir que o Barceló, embora não tenha o luxo que encontramos nos Moxché, está também muito bem preparado para receber o turista português, seja familiar seja só adultos. Qualquer um dos resorts do complexo Barceló pareceu-me extremamente indicado para o nosso mercado.




Quanto à alimentação, os portugueses devem ter alguns cuidados particulares?
Penso que os cuidados a ter no México em termos da alimentação são exatamente os mesmos que devem ter-se em qualquer país quando se vai de férias. A alimentação tem sempre condimentos a que o nosso organismo não está habituado e há que ter isso e consideração – no México a comida é mais condimentada, mais picante, apesar de ser muito saborosa mas há que ter calma e não abusar. Depois há a questão da água potável que também é muito importante, aqui não é como na Europa em que podemos beber água em todo o lado, portanto há que regrar algumas situações para que não existam surpresas.