A hotelaria em Creta oferece qualidade e “uma possibilidade de escolha bastante grande”, constata Luís Reis
Luís Reis, da K-TravelShop Viagens em Torres Vedras, esteve pela primeira vez na ilha de Creta integrado na fam trip organizada pelo operador turístico Viajar Tours. Porque se tratou de uma “estreia”, o Turisver quis saber quais as impressões com que este profissional ficou não só do destino, da sua oferta hoteleira e gastronómica.
O Luís Reis nunca tinha vindo a Creta. Com que impressão ficou? O destino surpreendeu-o?
Surpreendeu-me bastante. Eu trazia expectativas baixas porque não sabia bem o que é que ia encontrar, vinha à procura da parte idílica da Grécia e quando o tempo abriu, encontrei-a porque, na realidade, é preciso haver sol para conseguirmos apreciar o destino em todo o seu esplendor.
Isso faz de Creta um destino mais sazonal, coincidindo com a época em que é programado em charter pelo Viajar Tours, o que também acaba por tornar o destino um pouco mais em conta?
Mesmo assim, não é um destino para qualquer bolsa, mas também é um destino distinto, ou seja, não se trata de um destino de massas, tem produtos muito exclusivos, e claro que a exclusividade paga-se. Não se trata das Caraíbas com “tudo ao molho”, Creta tem produtos com charme, com classe. Claro que existe possibilidade de fazer mais barato até porque há hotéis mais baratos, mas trata-se de um destino de charme e de requinte.
Uma das particularidades do destino é a de ter uma hotelaria diversificada, com preços também diversos…
Há uma possibilidade de escolha bastante grande, o que permite atingir diversos públicos-alvo. Consegue-se oferecer ao cliente hotéis de charme, com produtos e serviços exclusivos, hotéis de praia muito bons, com uma qualidade muito acima da média embora as praias mais idílicas não tenham hotelaria, o que implica sempre a necessidade de alugar um carro para conhecer essas zonas que velem muito a pena conhecer, aliás diria mesmo que é obrigatório ir a essas praias mais paradisíacas.




Uma das coisas que é ao gosto dos portugueses é a gastronomia…
A gastronomia surpreendeu-me muito, fiquei com a ideia de que se come muito bem na Grécia, seja em Creta ou em Santorini. Eu vinha um pouco “de pé atrás” relativamente à comida mas de facto é muito boa, e não foi sorte nem um acaso porque foi algo que fomos sempre experimentando em todos os hotéis e em alguns restaurantes. Obviamente que há alguns que têm um charme maior que também perpassa na comida e um aprimorar do produto ao nível da confeção mas há sempre muita qualidade, tal como há sempre muitas opções.
Creta quando comparado com zonas turística portuguesas não é mais cara
Fora do hotel fizemos algumas experiências gastronómicas. Com que opinião ficou?
Apesar de Creta ser um destino turístico por excelência a alimentação não é mais cara do que em Portugal, aliás muitas coisas até são mais baratas, o que me surpreendeu. Claro que estou a fazer a comparação entre zonas turísticas.
O jantar em Piskopiano em que comemos produtos típicos, cozinhados de uma forma quase caseira, foi extraordinário: havia muita variedade, muitos petiscos e tudo com muita qualidade. Os restaurantezinhos junto à praia, os bares e a animação noturna, tornam tudo muito agradável.


Os portugueses parecem estar ainda algo renitentes em relação a este destino. Pensa que com o conhecimento que os agentes de viagens vão tendo cada vez mais, se tornará mais fácil vendê-lo?
Vai porque é uma porta que se abre, é um novo produto que se pode oferecer. Muitas vezes há clientes que não querem fazer oito ou nove horas de viagem para chegar ao destino de férias para ir para as Caraíbas, por exemplo, depois há o cliente que já conhece as ilhas espanholas, Cabo Verde, etc., e Creta é uma solução que fica relativamente perto, além disso estamos na Europa: as pessoas cada vez mais querem estar sempre ligadas e aqui podem fazê-lo sem problemas, não há roomings pagos, por outro lado estamos num país com recursos caso exista qualquer problema a nível de saúde. Acho que, se calhar, este não era um destino mais oferecido aos clientes porque ainda era desconhecido dos agentes e este trabalho de visitar pessoalmente o destino é fundamental para se transmitir confiança ao cliente.
Aliás, durante a nossa estada em Creta já houve clientes que foram às agências e a quem foi proposto este destino, tendo em conta coisas que vimos durante a viagem. A nossa equipa está a ter informações sobre o que estamos a ver e sobre a avaliação que estamos a fazer.


Um ano bom porque o que se está a vender está a gerar rentabilidade
Quantos balcões tem a K-TravelShop?
Temos um balcão em Torres Vedras, desde 2009 e nas Caldas da Rainha desde 2011.
Como é que está a ser este ano em vendas?
Está a ser um ano muito bom, embora ainda não tenhamos atingido os valores de 2019 em termos de volume de faturação, mas já os atingimos em margem, ou seja, o que se vende esta a ser melhor vendido, o que é bom porque nos leva a ter uma boa expectativa. Ainda assim, continuamos a estar na ‘corda bamba’ porque não sabemos o que se vai passar em termos da guerra e da saúde internacional. Nós precisávamos de crescer, existem neste momento condições para crescer mas estamos a olhar para o futuro com precaução para não darmos o passo maior que a perna.
Este ano surgiram novos destinos no mercado. O mercado precisa dessa agitação?
Precisa. Nos últimos anos assistimos à democratização das viagens e felizmente já muita gente consegue, de uma forma ou de outra, fazer as suas férias, seja para destinos mais caros ou mais baratos. Isso leva a que os destinos comecem a ficar esgotados porque toda a gente já foi e já conheceu e é muito necessário haver novos destinos, novos mercados, novas opções e novas experiencias até porque cada vez mais o que as pessoas procuram são novas experiências.



