A comemorar 18 anos o objetivo da Airmet é “ser líder” de mercado e “já não falta assim tanto”, garante Luís Henriques
A Airmet atingiu os 18 anos de atividade e a data vai ser celebrada na próxima sexta-feira, 12 de julho, em Lisboa, com uma festa temática dedicada ao cinema, à semelhança do que aconteceu no passado dia 6, no Porto. Os 18 anos são sempre um marco histórico e o Turisver falou com Luís Henriques, diretor-geral da Airmet para saber como está a correr este que é o ano ano da maioridade da empresa.
Estamos em pleno verão, e eu perguntava que balanço é que já pode fazer do comportamento das vossas agências?
Não desvalorizando a questão de que os últimos dois meses foram um pouco mais fracos, acho que este foi, claramente, um ano em que se vendeu com muita antecipação. Os crescimentos no primeiro trimestre foram extraordinários em termos de vendas realizadas, e acho que vai ser um ano muito melhor do que o ano passado, que já foi um ano em que batemos todos os recordes. Acho inacreditável como é que este mercado nos continua a surpreender de ano para ano.
Ainda há produto para vender, nomeadamente há oferta com um valor económico mais baixo, o que é curioso, mas acredito que ainda se vai vender muita coisa em última hora. Aliás, nestas duas últimas semanas já se começou a sentir que estão a aparecer os clientes de última hora, como acontece sempre.
E há promoções para esses clientes?
Claro que há. Ainda há muita oferta para vender, muitos destinos. É verdade que para algumas datas já não há destinos premium nem datas premium, mas há muita oferta.
É verdade que os operadores não baixaram muito o preço, mas ainda houve alguns destinos em promoção no mês de junho. Foi um ano realmente muito bom, acho que toda a gente estará satisfeita porque além de se ter vendido mais, o preço médio também subiu bastante.
Aliás, o preço médio já sobe consecutivamente há dois anos, mesmo assim a taxa de ocupação sobe também e está com valores muito interessantes.
Ainda será muito cedo para falar de rentabilidade…?
Trabalhando nós com uma base comissionável, quanto mais vendermos mais recebemos. É verdade que há sempre algumas agências que apostam mais na questão do pricing e não tanto na questão da rentabilidade, mas acho que, do ponto de vista global, a rentabilidade também aumentou.
E outros produtos, como cruzeiros, por exemplo, também se venderam bem?
Sim, embora o timing de venda desses produtos seja um pouco diferente… Mesmo nos cruzeiros a oferta tem aumentado muito. Há cada vez mais navios e mais produtos diferentes dentro daquele segmento, e a verdade é que realmente se vende muito bem.
Eu diria que há apenas um produto em que sentimos alguma quebra, que é o Algarve. O Algarve que se vendia muito de Leiria até ao Minho, neste momento penso que se vende um bocadinho menos mas atribuo isso à mudança de estratégia do próprio cliente.
Basicamente o cliente quer alojamento e compra muito online, vai diretamente às unidades hoteleiras e já passa menos pelas agências de viagem. Penso que será por aí.
“Nos últimos dois anos crescemos perto de 200 agências, portanto, neste momento temos 460 balcões e o objetivo é claramente ser líder – já não falta assim tanto -, mas sabemos que tudo isto é também devido ao trabalho, ao esforço, à dedicação”
Aparentemente, este ano os agrupamentos estiveram mais pacíficos…
Eu acho que é um acomodar normal. Nós temos muito respeito pelos nossos concorrentes e vemos nos nossos concorrentes também muita qualidade, obviamente, e isso também honra um bocadinho esta concorrência que existe. Nós estamos muito encaixados no mercado e o que vemos é que temos muitas agências que estão muito fidelizadas à Airmet, temos muitas agências que são fidelizadas a outro grupo de gestão e parece-me difícil haver grandes variações.
Há um player que se iniciou em Portugal, de há poucos anos para cá, com uma dinâmica muito forte e que a determinada altura veio alterar um bocadinho este paradigma, e que tem sido, diria eu, talvez o player mais instável nesta relação.
Nós não somos ainda líderes de mercado, o objetivo é claramente esse, não o escondemos, aliás, temos falado nisso bastantes vezes. Nos últimos dois anos crescemos perto de 200 agências, portanto, neste momento temos 460 balcões e o objetivo é ser líder e já não falta assim tanto, mas sabemos que tudo isto é também devido ao trabalho, ao esforço, à dedicação e temos de trabalhar muito porque realmente temos uma concorrência muito forte e muito competente também.
Vocês reforçaram a equipa?
A nossa equipa está mais ou menos estável neste momento, temos 3 comerciais na rua, temos a Susana como diretora operacional, que tem feito um trabalho extraordinário, e depois nos serviços mais acessórios como o marketing e o financeiro também temos esforçado a equipa de forma a conseguir responder às necessidades que as nossas agências têm.
Nós estamos aqui numa fase intermédia, estamos a celebrar o nosso 18º aniversário, mas a verdade é que no segundo semestre do ano nós vamos ter muitos eventos, muitas atividades, vamos ter uma dinâmica também muito diferente e acreditamos que vai ser um ano muito entusiasmante até ao final.