6.ª edição da FINE em Valladolid arranca a 5 de março com 26 países

A Feria de Valladolid vai realizar a 6.ª edição da FINE, Feira Internacional de Enoturismo, nos dias 5 e 6 de março, com a participação de profissionais de 26 países: adegas, hotéis, territórios de enoturismo, operadores turísticos e agências de viagens especializadas.
Segundo Alberto Alonso, diretor-geral da Feria de Valladolid, “a FINE organiza os seus conteúdos em diferentes áreas de trabalho para promover o encontro entre a oferta e a procura: um mercado de contratação em que serão realizadas 2.200 entrevistas, uma área de exposição e um espaço de conferências onde serão discutidos o presente e o futuro do enoturismo”.
Entre as novidades do FINE 2025 estão o aumento de 22% no número de operadores turísticos e agências presentes em relação à última edição. No total, serão 103 profissionais atuando na Europa, Ásia, América e Oceânia; Espanha, Portugal, Brasil e Estados Unidos são os mercados com maior representação.
“O enoturismo é um setor altamente especializado e a FINE é a melhor plataforma para adegas, hotéis e rotas porque todos os anos a presença de compradores é atualizada, aliás, este ano 56 por cento vêm pela primeira vez e os restantes têm atendido a uma das chamadas que temos realizado desde 2020”, acrescenta ainda o mesmo responsável.
Relativamente à oferta, este ano juntam-se novos destinos nacionais e internacionais à FINE, como a região eslovena de Podravje-Maribor, localizada no nordeste do país, na fronteira com a Hungria e a Croácia. Afirmam que existe a vinha mais antiga do mundo, datada de há 400 anos, e a fotografada “estrada do coração” que corre entre vinhas.
Cerca de 140 vinícolas, hotéis e rotas da Espanha, Portugal, França, Itália e da Eslovénia participam no FINE. Todos desenham um mapa com mais de 50 zonas vinícolas, de Ribeiro a Jerez, Algarve, Champagne, Sicília, Ilhas Canárias ou Vinhos Verdes.
O mercado global de enoturismo manterá a sua tendência de crescimento nos próximos anos e atingirá um valor de 332.500 milhões de dólares em 2034, de acordo com um estudo elaborado pela empresa de pesquisa Future Market Insights. Os fatores que impulsionam este crescimento são, na sua opinião, a procura dos consumidores por experiências únicas e memoráveis ligadas à história e cultura do território.
O programa FINE inclui ainda conferências, mesas redondas e workshops em que este ano será debatido o “enoturismo”, as diferentes formas de encarar o seu desenvolvimento, os desafios do futuro, os riscos de uniformidade, entre outros.
O primeiro dia do FINE terminará com uma conversa sobre os modelos de enoturismo de Espanha, Itália e região portuguesa do Algarve.
As agências de viagens desempenham um papel importante na consolidação do enoturismo num território e para o efeito, em colaboração com a Federação das Agências de Viagens de Castela e Leão e Valladolid, a FINE promove um encontro para estes profissionais na quarta-feira, 5 de março.
O diretor do mestrado em enoturismo da UNIR, Chelo Miñana, fará uma palestra sobre “a importância da agência de viagens recetiva para o desenvolvimento do enoturismo”.