48º Congresso APAVT: Presidente “revoltado” pelo estado da fiscalização do setor

A falta de fiscalização no setor das agências de viagens foi sublinhada por Pedro Costa Ferreira na abertura do Congresso da APAVT, onde se referiu também à instabilidade política que se vive no país.
“Não quero terminar sem sublinhar a minha estupefação e revolta pelo estado da fiscalização no sector”, disse o presidente da APAVT, afirmando que “cada vez temos mais ilegais, que simplesmente atuam sem RNAVT, de forma absolutamente impune”.
“Durante a minha presidência, fizemos mais de 100 denúncias à ASAE, por prática de atividade de agência de viagens, sem RNAVT”, sublinhou, ironizando: “A nossa principal dúvida é o que acontecerá primeiro, o regresso de D. Sebastião, ou a receção da primeira resposta por parte da ASAE”
Em relação “à crise que os políticos portugueses criaram” considerou que “quando a inflação perdura, quando a guerra continua e se alarga pelo Mundo, quando as cicatrizes da pandemia ainda estão abertas, e quando a economia, com exceção do turismo, se mantém anémica, a última coisa de que precisávamos era de mais uma crise política”
“O que os cidadãos, os empresários e os trabalhadores esperam, é que todos os políticos sejam responsáveis como alguns não têm sido, criando assim condições para que se saia das próximas eleições, com uma solução política viável, e com uma relação com a coisa pública que não envergonhe a classe política, mas, sobretudo, que não nos envergonhe a todos”, concluiu.