26,5 milhões de turistas estrangeiros e 6 MM€ de proveitos: 2023 confirmou-se como melhor ano turístico de sempre

Dados divulgados esta segunda-feira pelo INE confirmam o ano de 2023 como o melhor de sempre para a atividade turística em Portugal, deixando para trás, e a uma distância considerável em vários indicadores, os valores atingidos em 2019. Os mercados externos foram responsáveis por 2/3 das dormidas.
De acordo com o INE, o número de turistas não residentes em Portugal terá atingido os 26,5 milhões, +7,7% do que o registado em 2019, com os 32,5 milhões de hóspedes (+12,5% do que em 2019) recebidos a serem responsáveis por 85,1 milhões de dormidas (+10,3% face a 2019).
O mercado interno gerou 1/3 das dormidas, 28,1 milhões, enquanto os mercados externos deram origem a 57,1 milhões de dormidas (67,0% do total de dormidas em 2023).
De registar que todas as regiões registaram acréscimos no número de dormidas em 2023, destacando-se o Oeste e Vale do Tejo (+18,2%), o Norte (+14,0%) e a Grande Lisboa (+11,8%) com as maiores variações, sendo menos expressivos no Algarve (+6,7%) e no Centro (+6,9%). “Em comparação com 2019, o Algarve e a Península de Setúbal foram as exceções, ao ficarem, em termos de dormidas, ainda aquém dos níveis pré-pandemia (-1,5% e -0,9% respetivamente)”,detalha o INE.
De notar também que todos os tipos de alojamento turístico (hotelaria, alojamento local e turismo no espaço rural/habitação) registaram aumentos no número de dormidas.
O mercado espanhol manteve-se como principal mercado emissor de turistas internacionais (quota de 25,2%), tendo crescido 16,7% face ao ano anterior, com o britânico (12,6% do total) a continuar em segundo lugar, aumentando 14%. Já os mercados com maior crescimento foram o norte-americano (+34,2%) e italiano (+29,2%).
Relativamente à taxa de sazonalidade, o INE aponta que “diminuiu para 36,9% e atingiu o valor mais baixo desde 2013. Este indicador foi mais elevado nos residentes (41,3%) do que nos não residentes (34,8%)”.
Os proveitos totais na globalidade dos alojamentos turísticos ascenderam a 6,0 mil milhões de euros (+20,0% do que em 2022) e os de aposento a 4,6 mil milhões (+21,4% face ao ano anterior).
O rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) atingiu 64,8 euros (+15,4% em termos homólogos) e o rendimento médio por quarto ocupado foi de 113,0 euros (+9,1% do que em 2022).
O INE detalha ainda que “o índice de Herfindahl–Hirschman (IHH) revela uma trajetória de redução da concentração dos proveitos totais (e, portanto, um aumento da concorrência), com pequenas oscilações no período da pandemia de COVID-19, tendo atingido em 2023 o valor mais baixo desde 2013”.