1º Congresso Mundial de Turismo do Interior quer juntar Portugal e Espanha em prol de “um destino sem fronteiras”
Incentivar ações conjuntas de promoção turística é um dos objetivos do 1.º Congresso Mundial de Turismo do Interior 2024, que vai decorrer em Cáceres, nos dias 26 e 27 de novembro e que quer fazer do interior de Portugal e de Espanha, com tónica nas regiões do Centro e da Extremadura, um destino sem fronteiras.
A AITI – Associação Ibérica de Turismo do Interior e a Turismo Centro de Portugal apresentaram esta terça-feira, em Lisboa, o 1.º Congresso Mundial de Turismo do Interior, onde vão juntar-se as regiões de interior de Portugal e de Espanha, para uma discussão comum sobre o presente e o futuro do turismo de interior. O evento visa incentivar ações de promoção turística conjunta e pretende facilitar a cooperação entre os diferentes agentes envolvidos no desenvolvimento turístico dos territórios do interior.
A apresentação do evento contou com a presença de Anabela Freitas, vice-presidente da Turismo Centro de Portugal, Esther Gutiérrez, vice-presidente da Diputación de Cáceres, Jesús Viñuales, diretor-geral do Turismo da Extremadura, e Miguel Martins, presidente da Associação Ibérica Turismo do Interior.
Na ocasião, Jesus Viñuales agradeceu à organização do Congresso, “por acreditar neste mercado turístico”. “Durante muito tempo, estes dois países não se olhavam aos olhos. Eventos como este servem para nos aproximar e para eliminar as fronteiras, promovendo um destino conjunto, que é a zona da raia”, destacou.
Esther Gutiérrez considerou que “este Congresso vai ser um ponto de encontro para ambos os países, com especial atenção para as zonas Centro de Portugal e Extremadura”. “O Turismo é um motor muito importante de desenvolvimento e que nos ajuda a lutar contra a desertificação, que é um desafio comum do Centro de Portugal e da Extremadura. Mas o Turismo precisa das zonas rurais, de territórios autênticos, porque há uma procura real por parte de um novo turista, que olha para os territórios mais autênticos, que preservem o património cultural e natural, onde se pode oferecer um turismo de qualidade. Esta será uma oportunidade única para trocarmos experiências”, acrescentou.
“Do ponto de vista de promoção turística, não faz sentido existir aqui uma fronteira, que é apenas administrativa, porque é mais aquilo que nos une do que aquilo que nos separa”
A finalizar a apresentação, Anabela Freitas realçou que a Turismo do Centro aceitou o desafio deste Congresso “logo na primeira hora”. “Se tomarmos como ponto de partida que o Turismo pode ser um fator de desenvolvimento para os territórios, então estamos no caminho certo. É essa a visão que temos desta atividade” porque quando se fala no turismo, e se falarmos na fileira toda do turismo, temos uma atividade económica capilar, que vai ao setor primário e ao setor secundário” disse, exemplificando que “quando se fala de gastronomia e vinhos, ou de queijos, estamos a falar no setor primário”.
Assim sendo, “do ponto de vista de promoção turística, não faz sentido existir aqui uma fronteira, que é apenas administrativa, porque é mais aquilo que nos une do que aquilo que nos separa” disse a vice-presidente da Turismo Centro de Portugal, acrescentando que, apesar de tudo o que une o interior de Portugal e Espanha “há uma coisa que nos diferencia, e é bom que assim continue a ser, que é a cultura de cada um e mantendo a nossa cultura, mantemos a autenticidade do destino”, concluiu Anabela Freitas.
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