11,9 M€ faturados em 2023: Mercado das Viagens quer crescer a dois dígitos em 2024
“O ano de 2023 foi muito produtivo”, um ano em que o Mercado as Viagens alcançou um volume de negócios da ordem dos 12 milhões de euros. Para este ano é esperado um novo crescimento a dois dígitos, segundo avançou Adriano Portugal, diretor-geral da rede, em conferência de imprensa à margem da 5ª Convenção da rede, que decorreu nos dias 2 e 3 de fevereiro, em Elvas.
Numa conferência de imprensa durante a V Convenção do Mercado das Viagens, em que estiveram presentes os administradores, Nuno Pereira e Carlos Nunes e o diretor-geral da rede, Adriano Portugal, os responsáveis começaram por destacar que os objetivos da convenção passam pelo contacto com os players, pela definição de estratégias comuns, tendo em conta a diversidade que existe dentro da rede e sobretudo e, sobretudo, por “passar a mensagem de que o Mercado das Viagens é, neste momento, uma marca nacional” que está “em quase todas as regiões do país” que “não olha só para o litoral”, conforme afirmou Carlos Silva. O administrador frisou ainda que “ao virmos para o Alentejo [recorde-se que a convenção decorreu em Elvas] também quisemos mostrar que não olhamos só para o litoral, que queremos posicionar-nos no interior” do país, assegurando que “já temos contactos” nesse sentido
Ainda sobre a convenção, que este ano decorreu sob o lema “Viajar vale mais”, Adriano Portugal, assumiu que já no próximo ano haverá novos parceiros “porque em 2023 demos início a um departamento que estava adormecido, que é o nosso próprio consolidador de aviação”. Assim, “este ano tivemos que apresentar resultados às companhias mas no próximo ano iremos ter presentes, pelo menos, quatro companhias aéreas”. Outro objetivo é que possam estar também presentes na convenção do próximo ano alguns DMCc de vários destinos.
Atualmente com 18 agências, crescer é um objetivo da rede que no entanto quer que esse crescimento seja feito de forma sustentada para que a rede não perca a sua própria identidade. “Sabemos que crescer em demasia faz perder a identidade e não queremos isso”, afirmou Adriano Portugal, avançando que para este ano o objetivo é abrir quatro agências, para ficar ficar nas 22. No total, perspetivando os anos vindouros, o objetivo será crescer “até às 30-32 agências” para que seja possível “manter a qualidade de serviços que prestamos às nossas agências”.
Entre estes serviços incluem-se a formação das agências da rede, mas também um departamento de marketing “totalmente gratuita”, as plataformas Optigest e GBN e agora também o seu próprio consolidador aéreo.
Mas em matéria de serviços aos associados, o Mercado das Viagens não quer ficar por aqui e está não apenas à procura de uma nova plataforma como de um agregador de hotéis para “poupar tempo ao agente de viagens, que perde muito tempo na pesquisa”.
Aumentar a rentabilidade é objetivo para 2024
Sobre o ano de 2023, o responsável frisou que trouxe à rede um ganho de produtividade na ordem dos 7% a 8%, com a produção total a situar-se nos 11, 9 milhões de euros. A esmagadora maioria, 90% foram vendas do mercado de lazer, com os restantes 10% a referirem-se a corporate.
Cabo Verde, Maiorca, Caraíbas, Menorca e Senegal foram os destinos mais vendidos pela rede em 2023, com o top 3 de operadores a ser formado pela Solférias, Ávoris e W2M, devido ao peso das operações charter. Já no segmento de bed banks, o Top 3 foi constituído pela Tour10, Veturis e W2M.
Para 2024, e apesar das muitas incertezas, Adriano Portugal acredita que “vamos ter um ano bom”, apontando que a faturação possa crescer a dois dígitos, mas para que isso aconteça, afirmou, “temos que ter os pés assentes no chão e darmos os passos certos, sem entrar em demagogia”. Aliás, o grande objetivo para 2024 é crescer em rentabilidade: não há interesse em “vender só por vender”, o que se pretende é que “as empresas associadas à marca tenham a máxima rentabilidade possível e, para isso, é preciso encontrar os mecanismos certos”, vincaram os responsáveis.
Se tornar as agências mais rentáveis é um dos grandes objetivos do Mercado das Viagens, outro é fazer com que eles se tornem mais autónomas, ou seja, menos dependentes dos operadores turísticos. Ainda assim, não há intenções de produzir produto próprio. “Estamos a trabalhar com programas muito específicos” que os operadores turísticos não têm colocado no mercado nem sequer nos onlines. São “produtos diferentes que o Mercado das Viagens disponibiliza a toda a sua rede”, garantem os responsáveis.